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Seca histórica em São Paulo e no Brasil gera impactos no agronegócio e pede estratégias de proteção econômica

- “Hoje há um receio dos produtores em relação às queimadas. O Brasil está em chamas e o medo é grande em relação à eventuais perdas, significativas ou não, de

parte da produção”.


Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado secas severas, que já são consideradas as piores das últimas décadas. Esse fenômeno climático tem afetado não só o cotidiano das cidades, mas também um dos principais pilares da economia brasileira: o agronegócio. A escassez de água e as queimadas criam um efeito cascata, com amplo aumento nos pedidos de recuperação judicial ou extrajudicial, em função de prejuízos e da inadimplência de produtores e fornecedores.


Além disso, agricultores dependem diretamente das chuvas e dos recursos hídricos para o enfrentamento da seca, e fornecedores carecem de estratégias eficazes para mitigar os impactos dessa crise e se proteger economicamente.


- “O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores mundiais de alimentos como soja, milho, café, carne bovina e açúcar. São Paulo, por exemplo, destaca-se na produção de cana-de-açúcar, café e citros. No entanto, a falta de chuvas já começa a se refletir em perdas significativas de produtividade e perdas econômicas”, ressaltou o advogado Ricardo Dosso, sócio do escritório Dosso Toledo Advogados, localizado em Ribeirão Preto-SP.


Esse declínio na produção afeta diretamente o abastecimento interno, elevando o preço dos alimentos, e reduz a competitividade das exportações brasileiras. Além disso, o aumento dos custos de produção – como a irrigação e o uso de insumos mais caros para compensar a falta de chuvas – impacta diretamente a margem de lucro dos produtores.


- “Hoje há um receio dos produtores em relação às queimadas. O Brasil está em chamas e o medo é grande em relação à eventuais perdas, significativas ou não, de parte da produção”, explicou a advogada Ana Franco Toledo, também sócia do escritório Dosso Toledo Advogados.


O efeito da seca não se limita apenas a um único ciclo de safra. A redução do volume de água nos rios e reservatórios, muitas vezes usados para irrigação, pode comprometer o plantio nos anos seguintes. Isso também afeta a geração de energia hidrelétrica, pressionando os custos energéticos para as indústrias agrícolas e pecuárias, que muitas vezes dependem desse tipo de energia para operar.


 Além disso, os solos ressecados perdem nutrientes e podem sofrer com a erosão, o que diminui a fertilidade e a produtividade nas safras futuras. A instabilidade climática provoca incerteza para os agricultores, que precisam investir em tecnologias caras para prever e lidar com essas condições adversas. 


- “Diante desse cenário de seca e incertezas, os agricultores precisam adotar estratégias para mitigar os impactos econômicos. Algumas dicas são o uso de tecnologia e irrigação inteligente, cultivo de variedades resilientes, diversificação de culturas,  acesso a seguros agrícolas e crédito rural, adoção de práticas sustentáveis e o monitoramento climático e planejamento antecipado”, explicou o advogado Ricardo Dosso.


A Polícia segue investigando possíveis criminosos que estejam iniciando o fogo, a fim de deter o avanço das chamas. De acordo com a advogada Ana Franco Toledo, é preciso antecipação por parte das autoridades e também de agricultores e fornecedores.


- “Infelizmente prejuízos se acumulam. Produções são queimadas, agricultores não recebem e muitos, consequentemente, não conseguem pagar seus fornecedores. Tais fornecedores, por sua vez, ficam sem recursos para pagar outros fornecedores. Desse modo, é imprescindível que os envolvidos busquem ajuda específica, como escritório de advogados capacitados para negociar o que for preciso e evitar desfechos econômicos catastróficos”, ressaltou a advogada especialista em direito do agronegócio.

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