top of page
Foto do escritorMurilo Aires

Alta das tarifas de energia elétrica fomenta as expectativas do mercado livre de energia


energia elétrica fomenta mercado livre de energia
alta na energia elétrica

O aumento das tarifas de energia elétrica é sensível no país, impactando de maneira determinante nos custos de empresas e particulares. Além das novas tarifas recentemente aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), há reajustes relevantes propostos nos estados. No Pará, foi noticiado um reajuste médio de 11% nas tarifas pela distribuidora local, enquanto no Amapá é discutido um percentual de 44,4%. Desde o início do ano, as previsões são de alta acima da inflação.


Foi noticiado que, segundo a Aneel, os reajustes estão sendo provocados fundamentalmente pelo aumento dos custos com o transporte de energia elétrica, além dos encargos setoriais e a retirada de componentes financeiros anteriores. A agência reguladora vem sendo bastante cobrada a tomar medidas em relação ao controle dos preços. No entanto, em audiência pública realizada no mês de outubro pela Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, o presidente da agência apontou que, sem alteração legislativa, os aumentos não devem cessar, principalmente nas regiões mais pobres do país, sobretudo em razão de contribuições à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que integram a tarifa.


O cenário traz a curiosidade e o interesse dos consumidores sobre alternativas como a implantação de placas solares e outras fontes, ou ainda novos modelos de negócio no chamado mercado livre de energia.


Sendo a energia elétrica produzida e distribuída por empresas estatais ou ainda por meio de concessões estatais a empresas privadas, com o monopólio público em determinadas condições de consumo, há posições no sentido de que o fomento a uma maior concorrência no mercado de energia poderia influenciar positivamente nos preços, havendo a possibilidade de negociação direta entre fornecedor e consumidor.


O mercado livre de energia não é novo no Brasil, estando, no entanto, restrito a consumidores de altas tensões, em geral representados por grandes empresas produtivas. Atualmente, podem escolher o fornecedor de energia os consumidores pertencentes ao Grupo A com consumo superior a 500 kW.


Por força da Portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia, a partir de janeiro de 2024, todos os consumidores do Grupo A poderão migrar para o mercado livre independentemente de consumo mínimo, o que tende a alcançar micro e pequenas empresas. O Grupo B, que são os consumidores de baixa tensão como residências, prossegue sem a possibilidade de escolher seu fornecedor.


Para avaliar as possibilidades de migração, é importante que as empresas consumidoras tenham consciência de suas tensões utilizadas, das novas práticas de preço do mercado, bem como tomem a diligência de conhecer as empresas fornecedoras, que devem ser concessionárias, permissionárias ou autorizadas de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional, avaliando com cautela as condições contratuais e os riscos jurídicos envolvidos.


Afinal, sendo a energia elétrica fundamental ao funcionamento de qualquer tipo de atividade, naquelas em que há a utilização de média e alta tensão o insumo passa a ser determinante ao seu sucesso, de modo que eventuais problemas de fornecimento ou despesas não calculadas podem gerar grandes prejuízos ou mesmo inviabilizar o prosseguimento da empresa.



0 visualização0 comentário

Comments


bottom of page